Não contente em apenas ouvir o último disco do Pato Fu (Toda cura para todo mal - ver post "o melhor disco do Pato Fu), queria saber sobre a ótima sonoridade do disco. Entrei então em contato com a banda já esperando uma certa demora e que seria atendido por assessores.
Certo engano. A Fernanda Takai (ela mesma!) foi muito atenciosa e respondeu os mails! Para quem gostou do disco como o grande Alberto Cerri do blogue Mercy Zidane taí:
Gostaria de saber sobre a sonoridade e experimentação musical do "toda cura para todo mal". Ele parece ter todas as vertentes da banda, reunidas num só disco (veia "mutante", rock n roll, poesia, música "pra tocar no rádio" etc). Talvez seja essa a evolução que vc (Fernanda) mencionou. Mas queria saber se houve um planejamento de como o disco seria, ou se a banda simplesmente entrou no estúdio e o produziu.
Nunca sabemos como o todo vai soar. Cada música tem seu universo líricoe estético. À medida que as músicas vão sendo compostas e arranjadas éque o disco vai se definindo. O processo de produção foi mais longo quetodos os outros até porque usamos integralmente nosso estúdio, para amixagem inclusive.
Especificamente no "toda cura" se a banda foi beber em alguma fonte, ou ouviram (ou descobriram coisas) que influenciaram na sonoridade do disco. Parece que vcs ficaram trancados ouvindo mutantes durante 24 horas seguidas e depois entraram no estúdio pra gravar...
Mutantes definitivamente não é das nossas principais influências. Oponto musical comum entre todos os integrantes são os anos 80. Muitasbandas inglesas como The Cure, Duran Duran, The Clash, algumas coisas daLira Paulistana, algumas bandas americanas como Talking Heads, Devo,B-52´s... E também o rock brasileiro como Blitz, Titãs, Paralamas eoutros mais. A associação com os Mutantes aparece mais por conta daimprensa. Depois de algum tempo até ficamos mais próximos. Abrimosshows da Rita, John produziu o Arnaldo. O Pato Fu nunca quis e não poderia mesmo ocupar o lugar deles. É uma banda que sempre esteve alémde nosso tempo. Ficamos felizes pela volta da banda.A gente escuta música do mundo todo e de todas as épocas. Não consigoapontar um artista que tenha influenciado diretamente o Toda Cura ParaTodo Mal. E acho isso bom.: )
E (só mais essa!) o bebê (como se chama?) tbm está presente de alguma outra maneira no "toda cura" - além de "amendoim"?
Nossa filha se chama Nina e tem 3 anos. "Amendoim" é uma canção que foifeita bem antes dela nascer, apesar de todos acharem que foi feita praela. Costumo dizer que ela é nossa musa inspiradora de vida de modogeral, mas isso não passa de forma direta para as letras. Durante todo ofinal da turnê do disco MTV AO Vivo, ela já estava com a gente dentro dabarriga e depois durante as gravações e mixagens do disco mais recente. Vivemos uma experiência muito boa. Dá vontade de repetir em breve.
Bom final de semana!
Mandarei mais perguntas e se ela responder....
"Um corpo sem alma é como um disco de vinil que não toca ..."
"O jornalista fere no peito o escritor. O escritor repele o jornalista, por esmagá-lo, por obrigá-lo a renascer quase sempre de um mesmo patamar. Feliz daquele que, nesse embate, consegue servir, e bem, aos seus dois senhores..."
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sexta-feira, 26 de janeiro de 2007
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7 comentários:
legal a entrevista. que venham outras..beijo
Muito legal a entrevista e o artista deve ser assim simples e objetivo nas respostas, muito legal seu espaço, voltarei.
lindo final de semana
beijossssssssss
oi gabriel!
posta assim...sabe aquele treco de html que fica ao lado direito do vídeo do youtube? é so dar um ctrl c e ctrl v! copie e cole e já era! facinho!
bjus
Ga! Que saudade...
Meu, me considero uma simpatizante de Pato Fu, porque não conheço a fundo, mas o pouco conheço, gosto! Deveria correr amis atrás dessas coisas que eu simpatizo! Terrível isso de ficar só na simpatia! Huahua, não acha?
Bjus, Gá!
nossa...
sabe q a Fernanda Takai falou uma coisa q de certa forma me deixou feliz..hehehe...eu posso não saber nada de música, mas consigo sacar algumas coisas...sempre li sobre essa associação aos mutantes, como ela disse...e eu nunca achei q eles se aproximavam...de vdd...lembro qdo vc comentou q tava "pirando em patu fu" e disse q o ultimo disco tava mto "mutantes" eu fiquei pensando: putz...rs...eu não consigo "ver" mutantes ali, caramba...definitivamente não sei nada de musica...
e o mais curioso é q outro dia tava rolando um especial deles na rádio unesp...outro dia..faz um certo tempo isso...meados do ano passado, acho...eu lembro q tava no carro com meu irmão ele disse q o som deles pegava bastante pelos anos 80..e eu como cresci ouvindo a Geração 80 - meus irmãos eram jovens qdo eu era criança - consegui "sentir" essa influência...
mas bacana..achei ótimo, mais uma vez vc encarando mesmo, pondo a mão na massa...vc vai longe garoto..ah! e só pra constar...se precisar de ajuda no seu TCC, conte comigo...a idéia é brilhante!
bjos
Olá Gabriel!
Bah, eu adoro Pato Fu, mas ainda não ouvi o ultimo cd deles. Essa banda é mineira ao pé da letra: chegou de mansinho e foi crescendo. Hoje é presença constante, e ao mesmo tempo parece não estar em lugar algum.
Tive oportunidade de ver um show deles em 2001 e outro em 2004 gostei muito de ambos. Gosto demais da voz da Fernanda. É uma voz pequena, peculiar, suave e muito marcante. Imagino que, no começo, ela deve ter encontrado dificuldades para abrir com sua voz, espaço em uma banda de rock.
Parabéns pela entrevista!
beijos
Muito bom!!!
Esse cd eu ouvi por sua influência e é foda mesmo.
Valeu por mencionar o nosso humilde blog...
abraço
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