"Um corpo sem alma é como um disco de vinil que não toca ..."

"O jornalista fere no peito o escritor. O escritor repele o jornalista, por esmagá-lo, por obrigá-lo a renascer quase sempre de um mesmo patamar. Feliz daquele que, nesse embate, consegue servir, e bem, aos seus dois senhores..."

Política. Música. Música. Vida. Rock. Cinema. Cultura.

terça-feira, 12 de junho de 2007

Imprensa Burguesa


Vai vendo os absurdos desta reportagem publicada no Estadão. Como o próprio slogan diz, o jornal é ão.

A invasão da reitoria da Universidade de São Paulo (USP) não foi um ato espontâneo de estudantes radicais, mas uma ação planejada e sustentada por um grupo de partidos de extrema esquerda - o PCO, o PSTU e o PSOL -, o Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) e a central Conlutas. A invasão teve marcas evidentes de operação planejada, segundo relataram testemunhas que a presenciaram.


Como assim testemunhas que a presenciaram?

Assim é fácil dizer e afirmar qualquer coisa. Basta colocar: pessoas que estiveram no local; testemunhas; pedestres que transitavam etc. Daí a importância que damos às FONTES. Elas são indispensáveis para que haja veracidade e transparência.

Mais.

A partir da decisão judicial que determinou a reintegração de posse, os ocupantes passaram a sonhar com a chegada da tropa de choque. (...)

Ao encenarem uma quadrilha junina na reitoria ocupada, os estudantes trocaram o tradicional bordão “óia a chuva!” por “óia o choque!”. Nas assembléias, se multiplicavam discursos contra “a covarde agressão fascista que vai enviar a tropa de choque”. Na última assembléia, um líder do PSTU jurou: “Se a tropa de choque vier, nós vamos fazer um levante no Estado inteiro.” À medida que o tempo passava, a frustração (??) foi aumentando, até a decepção total que foi a constatação de que o choque não viria mesmo.

Como assim passaram a sonhar com a tropa de choque?
Esse é justamente o enfoque que a "mídia" vem dando à ocupação. Como já foi dito aqui, o que se vê é uma preparação de terreno para a PM invadir, ao invés de se fazer uma discussão acerca dos porquês desse movimento todo estar acontecendo.

O que acontece é que com a possível invasão do choque, passou-se a fazer várias piadinhas com o tema. Ninguém sensato quer ou sonha com invasão de choque.

Zarcillo Barbosa, grande jornalista e docente da Unesp, colocou brilhantemente, numa carta recém publicada no JC, um jornal local de Bauru:

Invasão é uma forma de resistência. Os alunos não são baderneiros. Pelo contrário: sacrificam-se no frio, na chuva, no desconforto de noites mal-dormidas e mal-comidas para combater a prepotência e defender o ensino superior de qualidade.

Existe a disseminação de notícias falsas pela Imprensa, visando desinformar a Opinião Pública. Dizer que um aluno da universidade pública custa mais de 42 mil reais (como o dólar está sem prestígio, agora usam a nossa moeda) por ano é uma falácia. Ninguém até hoje apresentou uma planilha que comprove.

Mais charges vc encontra aqui.

Nenhum comentário: