"Um corpo sem alma é como um disco de vinil que não toca ..."

"O jornalista fere no peito o escritor. O escritor repele o jornalista, por esmagá-lo, por obrigá-lo a renascer quase sempre de um mesmo patamar. Feliz daquele que, nesse embate, consegue servir, e bem, aos seus dois senhores..."

Política. Música. Música. Vida. Rock. Cinema. Cultura.

sexta-feira, 24 de março de 2006

Envelope amarelo mostarda

Dia cinzento. Nublado. Mas São Pedro só ameaça, faz “terrorismo” no céu e nada de chuva. Melhor assim. A chuva que vá lá para o nordeste. Essa mesma que, por falta ou abundância, pode matar-nos a nós todos. Enfim, não choveu.

Li alguns mails e logo ouvi da cozinha: “Gabriel, vem almoçar!”. Minha tia me chamava, já eram duas e cassetada, o almoço estava pronto. Demorei-me mais alguns segundos e rapidamente estava devorando o frango desfiado ao molho vermelho com maionese caseira e guaraná desses mais baratos. Comida de vó.

Preciso pagar umas contas, fazer umas coisas, comprar pão. Minha tia-avó pediu-me. Impossível recusar. Ao caminho do portão a surpresa do dia: um cartão da minha mãe e de uma grande amiga ao mesmo tempo. Mas eu ainda não sabia disso tudo.
Um envelope amarelo mostarda. De início reconheço que seria uma carta da tia Nice, a sortuda mãe, pois logo reconheço a caligrafia.

Esqueço tudo. O mundo pára e meus dedos procuram velozmente a forma mais rápida de abrir o envelope. Rasgo sua lateral e eis que me surge o tal cartão. Ursinho Puff e o Leitão estão na capa. “O que mais gosto em você... é você ser meu amigo” e os comentários: “e amigo de tantos outros! Mas (ih!) filho você é só meu! são também os conteúdos do cartão. Até aí já teria ganhado o dia, ela sempre me manda cartões. Um amor. Mas a surpresa maior são as palavras logo abaixo. São da minha grande amiga, lembram-se? Mas estas, guardo pra mim. A internet é bastante pública. Ganhei o mês...

E essa enrolação toda para falar de um cartão?
Depois da popularização da internet, manuscritos de qualquer ordem foram quase que banidos. Ainda bem que existem pessoas que se utilizam desse processo antigo. Não pretendo ser saudosista, mas temos que admitir que pelo correio a sensação é outra, monstruosamente melhor. Aliás, aproveitando, podem escrever-me:

Rua Comendador Leite, 4-55 Vl. Seabra
CEP: 17060150 Bauru – SP.

2 comentários:

Anônimo disse...

Endereço anotado! Eu adoro cartas, cartões e afins! Embora recentemente tenha feito a descoberta que o Correio não tem envelopes, o que evidencia o pouco uso que faço deste, a sensação é realmente outra! Abaixo a impessoalidade de emails!Enviem cartas! =D
bjos

Anônimo disse...

AEEEEEEE
Por correio é mais legal, por correio é mais legal!!!!!