Claro, o padre veio. Não poderia ser diferente. E veio de branco, com a roupa arrastando, sapatilhas e tudo mais que um padre deve vestir. Apareceu na igreja recheada de imagens de santos e Jesus crucificado, que os evangélicos tanto criticam.
Mas o que eu e os demais estávamos fazendo ali? No meu caso, fui pra fazer média, era niver da vovó. Os outros, nem sabiam porque estavam ali, nem sabiam do que o padre falava (nem todos, mas a maioria, garanto), pensavam na novela, no show que estava por vir. E os fiéis nem sabem também porque são fiéis. E meu tio: “Rapaz, mas ce sabe que o Curinctha joga amanhã!” Claro que ele também não estava ali. E nem eu. Ainda assim, prestei atenção. O padre usava metáfora para explicar que “os galhos que dão fruto, Jesus rega e os que não dão, ele poda para que passem a dar frutos bons”, algo assim. “Digam amém!” Amééémm.
E tive que ajoelhar na madeira, bater palmas e tudo mais. Estava no meio da massa, que nem era tão massa assim e não poderia (claro que poderia!) e nem tive coragem de ficar alheio, enquanto todos o faziam. Ridículo. Da próxima, pelo menos se ajoelhar... Digo isso pq pra mim não faz sentido algum. Puta dor no joelho, tá loco.
Mas não pensem vcs que sou aleatório quanto a Deus e coisas do tipo. Várias coisas já rolaram e esse deus construído aí fora pelos homens fica realmente difícil. Aqui do lado de casa mesmo, tem uns caras que acham que Deus é surdo, com todo respeito.
Aliás, to querendo ir na terapia do amor da Igreja Universal, alguém se atreve a tal comigo? Será a segunda, da série jornalismo gonzo.
Deus vos abençoe.
Amém.
"Um corpo sem alma é como um disco de vinil que não toca ..."
"O jornalista fere no peito o escritor. O escritor repele o jornalista, por esmagá-lo, por obrigá-lo a renascer quase sempre de um mesmo patamar. Feliz daquele que, nesse embate, consegue servir, e bem, aos seus dois senhores..."
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segunda-feira, 22 de maio de 2006
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5 comentários:
eu topo!
Ajoelhou pq? Eu ainda vou na missa aki em Bauru, mas, assim como na minha cidade, não ajoelho nao... fico em pé, abandonada!!!
Não foi só isso q quis dizer, a idéia é q, msm se vc for, por eventualidade qualquer, a um lugar nao costumeiro, nao deve se portar como "todos" dali, acho q vc tb pensa assim...
E gostei de saber q vc acredita em Deus, a religiao nao importa nada, ela nao salva ninguem... O q realmente importa sao as atitudes, nao de ajoelhar e se declarar "santo", mas de tratar bem as pessoas, coisa q vc faz muito bem...
Já tá parecendo papo de tia... Acho q é a idade chegando...hehehehe!!!
Um abração!!! Ah, Espero atualizar meu blog logo tá... Falta um pouco de inspiração...
Mas olha, vou te falar... se vc acredita em Deus e não na religião em si, dá pra ir ouvir uma missa do padre Beto numa boa... pode chegar na hora da homilia (q infelizmente tem gente q chama de sermão), como se fosse pra uma palestra... O cara é foda! Qualquer um pode ouvi-lo, independente de religião. Tá feito o convite! Todo domingo, às 18h ou ás 20h, na igreja da USC. E mesmo se vc não quiser ir, eu vou na terapia do amor com vc e com a Júlia... rsrs... bjinhos!
Aceito todos os convites, claro. aliás silvia e eu já combinamos...
Sobre as atitudes "em massa", claro fui ridículo, as vezes fico pensando na bizarrice que foi. Valeu a lição.
to mais pra sessão do descarrego... que tal?
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