"Um corpo sem alma é como um disco de vinil que não toca ..."

"O jornalista fere no peito o escritor. O escritor repele o jornalista, por esmagá-lo, por obrigá-lo a renascer quase sempre de um mesmo patamar. Feliz daquele que, nesse embate, consegue servir, e bem, aos seus dois senhores..."

Política. Música. Música. Vida. Rock. Cinema. Cultura.

sexta-feira, 16 de junho de 2006

TODOS OS HOMENS SÃO IGUAIS

Falando em dia dos namorados... Nos últimos 2 anos comemorei dia dos namorados. Ganhei e recebi presentes, mesmo achando que isso não passa de artimanhas do comércio pra vender mais. Só a tv ainda acredita em Papai Noel. Mas o fato é que discutindo o tema com algumas amigas-amigas (Porque tem aquelas que são amigas-colegas), percebi que ELAS são alvos fáceis do bombardeio do dia dos namorados. Querem muito desligar o rádio, não ligar a tv, deixar de ver as vitrines etc etc etc. Tudo para não lembrar que vão passar MAIS UM ANO sem namorado, que não vão ganhar presente ou dar que seja. As mulheres continuam as mesmas a 700 e noventa e dois anos. Mesmo sabendo que TODOS OS HOMENS SÃO IGUAIS (e eu vos pergunto, as mulheres são diferentes, Brigadeiro?) elas ainda acreditam encontrar o príncipe encantado, ou um cara que preste mais que os outros – algo como o que a Tati Bernardes escreve. Sonham. Voltam pra casa após aquele primeiro encontro pensando que agora vai ser diferente. Dessa vez vai dar certo! E às vezes dá mesmo. E como dá. “Os dispostos se atraem, os opostos se distraem”. Perfeito. Algo precisa acontecer nessa merda de mundo de cabeça para baixo. Bom mesmo não é o presente no dia 12. É aquele inesperado. Sem data marcada. Sem pretexto de uma porra de uma data comemorativa. É aquele que você está caminhando à toa, no faz de conta de cada dia e de repente repara em algo na vitrine, no chocolate da padaria, no pastel de queijo da feira, no disco da promoção, no livro que ele/ela sempre quis. Pronto, taí o melhor presente do mundo. A gente complica demais. “E eu não quero saber de lirismo que não é libertação”.

9 comentários:

Anônimo disse...

É, sou mulher, não acredito num príncipe, mas em alguém q goste de mim, de verdade, do jeito q sou e esteja "DISPOSTO"
Mas minha opinião hj não vale, levei um pé na bunda, msm tendo consciência de tdo, mulher é sempre mais emoção e sempre acha q pode diferenciar as coisas.
Deixa assim, que sabe num próximo dia qualquer eu dê um presente assim, sem data, atemporal!

Claudinha ੴ disse...

Aí garoto! O Szafir age realmente assim e até dou razão para ele. A data é meramente comercial. Ele me tráz presentes em dias que não espero e que têm um imenso valor. Mas vem também o sentimento do ritual, da cerimônia. Eu espero ganhar algo neste dia. As mulheres são assim, adoram uma surpresa, mas ficam sentidas se não ganham nada neste dia. Melhor é fazer de todo dia, o dia dos namorados, aí sim fica legal...
E permite o seu link no Transmimentos?
Beijo.

Anônimo disse...

Hahahaha... dei um cinto de presente... um "sinto muito, não tenho dinheiro!" ..hehehe
Hoje pensava sobre isso, e decidi que quando voltar de Bauru, todas as datas especiais seriam intensamente comemoradas. Acabei de mudar de idéia. O jeito é viver intensamente todos os dias e a idéia do presente inusitado é perfeita. Como sempre, mandou muito bem! bjs

Anônimo disse...

Olá Gabriel!!!!

Meus msn é buscopalavras@hotmail.com

bjos

_Maga disse...

Muito bom o texto!

Mas devo admitir que sou um excessão estranha a regra. Não me sinto afetada pela data do dia dos namorados. Pelo contrario: até gosto de ajudar amigos a achar a inspiração para agradar os parceiros. A data é comercial, sem duvida. Criada pelo comercio para aquecer o fraco comercio de junho. O melhor mesmo, é como você disse, revelar o amor e homenagiar o namorado(a) no dia a dia. Mas em um mundo como o nosso, as vezes é até bom ter um dia para lembrar do outro com mais ternura. Um dia para despirmos nossa capa de modernidade e deixar o nosso romantico incorrigivel livre para sonhar (e agir) por algumas horas.

Quanto aos relacionamentos é bem por ai mesmo. Alias os textos das Tati são os que menos me agradam (pra não dizer que eles me irritam, o que acontece com frequencia) justamente por essa preocupação excessiva com o romance ideal, com o vai dar certo... etc, etc, etc.

Aprendi tanta coisa... uma delas é que os relacionamentos deram certo mesmo quando acabam. Ora cada momento que desfrutou-se junto, todas as aprendizagens, o crescimento... tudo isso é relacionamento e se teve é porque deu certo. Dar certo não é durar pra sempre. Alias, boa parte da beleza da vida está nos clicos. No saber começar, terminar, recomeçar... mesmo os relacionamentos longos acabam várias vezes em alguns pontos para renascer em outros....

tem tanta coisa pra dizer...

... e tantas mais pra viver...

beijos

_Maga disse...

Ahhh meu msn saiu errado ahhahahahahaha

é buscoestrelas@hotmail.com


beijos

Anônimo disse...

E lembrei que faltou uma coisa: eu adoro o poema poética do Manuel Bandeira... adoro declama-lo pela grande possibilidade de variações que ele abre...

... pela liberdade de estilos que estão nele...

beijos

Vanessa Silva disse...

Essas datas comemorativas são uma pilhéria (acho que é assim que se escreve isso)...
Por que somos (as solteiras, encalhadas e mal-amadas) sempre condicionadas a se sentir mal no dia dos namorados???

Porque nossa cultura não admite que vc possa ser feliz sozinha (o), exige que vc se case, incute na sua mente o tempo todo que o amor perfeito existe e que vc tem que alcançá-lo, porque a sociedade exige que vc mostre a que veio (apresente vez ou outra alguém que possa chamar de namorado).
e eu digo:
Eu sei de tudo isso, tenho consciência da ideologia subjacente dos romances românticos, como diria a Carol, e ainda assim me incomodo com o dia dos namorados...
No fundo, é tudo a mesma coisa!!!!

Vanessa Silva disse...

Prometi que comentaria esse post, e comentei... heeheh sou uma garota de palavra!!!

Beijos!!!