Duas coisas que ninguém ficou sabendo. Primeiro a manifestação em Copacabana:
Centenas de pessoas participaram na manhã deste sábado (7) de uma manifestação contra a violência na praia de Copacabana. Organizada pela ONG Rio de Paz, o protesto queria reunir mil voluntários para simbolizar as morte violentas no Rio, segundo as estatísticas do Instituto de Segurança Pública.
No mês passado, cerca de 50 integrantes da mesma ONG fincaram 700 cruzes na areia da praia para representar as vítimas de violência no estado até aquele momento.
XUCURU, UM GRITO DE LIBERDADE.
O assassinato do Cacique Francisco de Assis Araújo, o Xicão Xucuru, ocorrido dia 20 de maio de 1998, causa dor e revolta no Movimento Indígena do Brasil.
Xicão foi covardemente executado a tiros em frente a casa de sua irmã, no município de Pesqueira, Estado de Pernambuco, acrescentando mais um nome à enorme lista de crimes premeditados no campo.
Desde 1985, o Cacique liderava a resistência do povo distribuídos em 23 aldeias com 7.600 índios Xucuru, lutando pelo reconhecimento e demarcação da terra tradicional indígena compreendida em 27.555ha, no município de Pesqueira.
O trabalho desenvolvido por Xicão acompanhado pelas comunidades, teve como resultado o resgate do respeito às suas reinvidicações, a melhoria da qualidade de vida e o desenvolvimento de excelentes projetos na área de Educação e Saúde.
Mesmo com morte anunciada, sofrendo seguidas emboscadas ; a partir de 1989, nunca se intimidou, sempre a frente do projeto político do povo, demarcar a terra e o reconhecimento por toda a sociedade enquanto etnia diferenciada.
Em 1992 após escapar de um atentado foi revelada uma lista dos 21 nomes de lideranças Xucuru marcadas para morrer, incluindo o Cacique Xicão.
As ameaças de morte sempre foram denunciadas às autoridades competentes, Polícias Civis, Militares e Federal, como também à Secretaria de Segurança Pública.
Mesmo nesse clima de violência, Xicão sempre dizia em cima de medo coragem. O homem precisa respeitar a Natureza e o povo.
Kátia Vasco/ Ângelo BuenoCONSELHO INDIGENISTA MISSIONÁRIO – CIMI/ JUNHO DE 1998
3 comentários:
o engajamento político não é, necessariamente, vestir uma peita do Che e um blue jeans, ou seqüestrar o embaixador norte-americano numa kombosa azul. este engajamento está em nosso cotidiano, na conversa de uma roda de amigos, no blog de um cara consciente...
gabriel é foda,
simplesmente apaixonante.
cumpadre barbudo,
fico muito feliz que tenha lembrado disso na vossa página. na verdade, se é que eu posso me meter a besta, acho que matam os guerreiros (como sucedeu com Jesus, chê, chico mendes e tantos outros) mas não matam as boas lutas que eles combateram; matam os guerreiros mas não a luta. espero que o senhor continue sempre lutando nesse espaço e nos outros espaços, e que sempre possa comer pitangas (sem lavar) com ela sob a lua que ilumina um céu escuro. o senhor é muito importante para nós que não temos preparo para pensar nos problema do mundo. um abraço do João.
Sem palavras pra vcs dois
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