"Um corpo sem alma é como um disco de vinil que não toca ..."

"O jornalista fere no peito o escritor. O escritor repele o jornalista, por esmagá-lo, por obrigá-lo a renascer quase sempre de um mesmo patamar. Feliz daquele que, nesse embate, consegue servir, e bem, aos seus dois senhores..."

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sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Esclarecimentos a Profª Drª Neusa Maria Pavão Battaglini

Carta tréplica em reposta ao repúdio sofrido que o departamento de Física da Unesp fez à mim. No post anterior há uma explicação a respeito e também links para ler os dois textos anteriores.

Penso que houve uma interpretação equivocada sobre a carta de minha autoria publicada no dia 24 de junho de 2007 a que a Profª Drª Neusa Maria Pavão Battaglini se referiu neste espaço (no Jornal da cidade) no dia 01 de julho de 2007.

Será necessário esclarecer melhor, pois meus questionamentos foram outros. Que os professores do Departamento de Física da Unesp Bauru “são formados e titulados nas mais renomadas instituições nacionais e internacionais, são profissionais que têm contribuído fortemente para o avanço institucional da Faculdade de Ciências com projetos de pesquisa e extensão universitária produzindo grande impacto, tanto nos âmbitos regional, nacional como internacional” - é, no mínimo, o que se espera de profissionais que atuam em uma universidade pública renomada como a Unesp.

Não há dúvidas de que na Unesp “estamos formando alunos que tem se engajado em programas de pós-graduação e também formamos profissionais altamente capacitados”, conforme foi posto pela Sra. Pavão Battaglini. Penso que isso seja o esperado na universidade, afinal os profissionais educadores devem ter, além desta consciência, também o compromisso.

A questão na verdade é outra. Estou certo de que a professora citada por mim anteriormente, Rosa Maria Fernandes Scalvi “atua com profissionalismo e competência inquestionáveis”. Creio que dentro da sala de aula e como pesquisadora - funções profissionais que exerce na universidade – a professora Rosa Maria atue desta maneira. O que na verdade promoveu a reflexão, “que tipo de pessoas estamos formando?”, foi o fato de estarmos, por ocasião da greve e organizados em um comando unificado grevista (funcionários, estudantes e docentes), discutindo e compreendendo ações políticas promovidas pelo do chefe do executivo do Estado e entendendo o quão invasiva são essas ações e o quanto interferem em toda a classe universitária. E ouvir que todo esse esforço resuma-se a uma palavra que signifique “coisa mal feita ou sem valor”, é lamentavelmente desanimador.

Por fim, para finalizar o raciocínio, subentende-se que o aprendiz vá se guiar pelo seu mestre ou orientador. Sabendo disso, o mestre é quem precisa fazer o papel de apontar caminhos, promover reflexões, solucionar falhas, problemas. Mas é triste e incômodo pensar que às vezes esses mestres desrespeitem discussões políticas e posicionamentos que estão acontecendo e efervescendo ali no seio da universidade.

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Tentei enviar esta para a professora em questão, mas não encontrei o seu e-mail. Entretanto, enviei para a professora Rosa Maria F. Scalvi, afinal eles também são interessados.

Ótimo fim de semana pra todo mundo!

3 comentários:

Samantha Abreu disse...

yes!
gostei.
foi o que eu disse da outra vez.

Beijos.

Anônimo disse...

O tua treplica está muito bem escrita, o raciocínio está bem legal, Gabriel.

Uma pena não ter sido publicada também no jornal...

beijos

Daniel Nérso disse...

Gabriel... vc tem uma educação excessiva... poderia ter sido um pouco mais agressivo e direto, sem passar dos limites da boa educação aceitável :)
Mas isso foi um comentário infame... hehehe