Sobre as sutilezas cotidianas.
O remédio só estava disponível na rede pública de atendimento hospitalar. Nem farmácias, nem drogarias era encontrado. Aí a D. Joana, dona de casa, mãe de três filhos homem, que completa a renda familiar com um salário mínimo e faz bico numa casa noturna aos fins de semana.
Foi ao posto próximo à sua casa buscar o remédio, como fazia todos os meses. De posse da receita, pegou as quatro caixas, uma para cada semana do mês. Tomou. Na semana seguinte ficou ruim; na outra piorou. Na terceira morreu de morte criminosa, o remédio não fez efeito e a doença corroeu, os comprimidos eram de farinha. E a culpa ninguém soube dizer. Ninguém soube dizer ontem também de onde vinha o dinheiro com o qual Renan pagava suas despesas pessoais.
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A Carol fala também de sutilezas cotidianas, e usa para tal folhas de árvores. Vale a pena.
Bons sonhos.
5 comentários:
Tão sutil quanto uma faca enfiada no coração do desavisado.
tadinho do Renan....
;D
ele vai ser salvo por uma pílula dessas, um dia!
tudo o que faz din, faz don.
beijos.
=~)
pior é que a ficção é pura realidade... um beijo
É o que o dinheiro do Renam não "vinha" ele era covardemente arrancado dos cofres publicos...
triste... é assim que me sinto
beijos
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